Ipoema - MG

Junho de 2011. 


Decidimos comemorar o dia dos Namorados no Hotel Fazenda Boitempo em Ipoema, distrito da cidade de Itabira, terra do poeta Carlos Drummond de Andrade.

Para chegar à fazenda tivemos que fazer um longo trecho em estrada de terra, com direito a mata-burros e a paradas para tocar bois que estavam deitados na estrada.

Chegamos quando a noite já caía e, da varanda da pousada, conseguimos compreender o que Drummond quis dizer quando escreveu:
Entardece na roça,
de modo diferente
...

...





e na luz que a vidraça

da casa fazendeira
derrama no curral
...

Depois de instalados fomos saborear as delícias da culinária local. Foi servido um delicioso caldo de mandioca, preparado em fogão a lenha e acompanhado de pimenta e cachaça.


Descobrimos que éramos os únicos hóspedes da noite, o que nos deu certos privilégios e até certa intimidade com o Poeta que, instalado confortavelmente em uma cadeira, observava silenciosamente a movimentação em torno do fogão a lenha...


O nome da fazenda é uma homenagem a uma de suas obras.


A condição de únicos hóspedes também nos deu exclusividade com a cozinheira Maria, detentora de exímios dotes culinários e que se revelou uma excelente contadora de casos.


Ficamos sabendo que, até 1943, Ipoema era conhecida conhecido como distrito de Aliança e antes disso também chegou a ser chamado de Estalagem e Pouso Alegre.

Para acompanhar a prosa, um delicioso cafezinho.

Maria nos contou que é tradição no local a Roda de Viola, de maio a outubro, nos sábados de lua cheia, com apresentações dos grupos das Lavadeiras, Estaladores de Chicotes, Sons da Tropa, Meninos Trovadores da Estrada Real, Comitiva do Berrante e Violeiros convidados.

Na manhã seguinte, acordamos com essa paisagem...


... combinação perfeita da beleza do local com o excelente gosto de seus idealizadores.

Com tanta inspiração, nossa fotógrafa Pat fez registros incríveis: flores vermelhas...

... um banquinho convidativo...


... uma bica d'água...


E uma casinha de joão de barro.



Na cidade de Ipoema visitamos o Museu do Tropeiro, onde estão em exposição mais de 500 objetos que resgatam os valores da cultura tropeira, sala de artesanato, multimeios e rancharia.









Na saída do museu a câmera atenta da Pat fez mais esse registro: uma casinha azul com bancos de madeira.




Como último registro de Ipoema, deixamos uma foto da Igreja Católica.


Para quem quiser saber um pouco mais sobre o local (e conhecer a Maria), seguem dois vídeos que encontramos no Youtube.



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