Em Caeté, MG, no topo da Serra da Piedade, à uma altitude de 1.751 metros, ciência e religião dividem o mesmo espaço com um objetivo em comum: a proximidade com o céu.
Os primeiros registros da serra foram feitos em Carta Régia de 23 de Março de 1664, pelo desbravador Lourenço Caetano Marques.
No final do século XVI lendas excitaram os espíritos aventureiros que acreditavam que nessa latitude havia abundancia de prata, a exemplo do que acontecia na Serra do Potosi, no Peru.
A Capela Nossa Senhora da Piedade teve sua construção iniciada por volta de 1704 e teve sua conclusão por volta de 1770.
Naquela época era o mais próximo do céu que o homem conseguia chegar.
Através de relatos de viajantes feitos entre 1820 e 1840 observa-se que, naquele período, o topo da serra esteve na mais completa decadência, entregue a fanáticos e charlatões.
Em um desses registros, o explorador francês Auguste de Saint-Hilaire observou que em grutas e habitações improvisadas em volta da igreja viviam diversos eremitas e romeiros.
Um dos moradores era a irmã Germana, uma mulher de cerca de trinta e cinco anos, penitente que quase não comia e que apresentava crises de histeria.
A capelinha contudo se manteve e hoje, no meio de várias modernidades, é a única construção que preserva a história mística do lugar.
Atualmente a serra abriga também o Observatório Astronômico da UFMG e os radares do CINDACTA, que monitoram os céus da região.
Em nossa visita tivemos a oportunidade de viver alguns momentos de tirar o fôlego, como ilustrados nas fotos a seguir.
O sol não havia ainda se posto quando a lua, atrevida, surgiu no horizonte.
Vencido pela rotação da terra, o sol realizou sua lenta trajetória descendente.
Vitoriosa, a lua rapidamente lançou seu brilho sobre a serra.
O acesso à Serra da Piedade pode ser feito pela BR 381 na direção de Vitória com duração aproximada de 40 minutos, partindo do centro de BH, com uma estrada bastante sinuosa.
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